A escolha do tipo de fundações para uma determinada obra deve ser feita de modo que a tecnologia de fundação eleita satisfaça primeiramente as condições técnicas e posteriormente econômicas da obra.

Esta nem sempre é uma escolha simples, pois a definição do tipo de fundação antes de ser do engenheiro geotécnico responsável pelo projeto é do subsolo local onde a obra será construída.

E o solo, infelizmente não tem os parâmetros de resistência que gostaríamos. As condições dele nos é imposta pela natureza.

Os seguintes elementos devem ser considerados para escolha do tipo de fundação:

Proximidade dos edifícios limítrofes bem como seu tipo de fundação e estado.
Natureza e características do subsolo no local da obra.
Grandeza das cargas a serem transmitidas a fundação
Limitação dos tipos de fundações existentes no mercado.
O problema da escolha dos tipos de fundação é resolvido por eliminação. Escolhemos primeiramente as tecnologias que atendam tecnicamente o caso em questão.

A seguir realizamos um estudo comparativo de custos dos diversos tipos de fundação selecionados visando a escolha do mais econômico entre os tipos que atendem aos critérios técnicos.

Quando se trata de um estudo preliminar onde ainda não se dispõe do cálculo estrutural é comum estimar a ordem de grandeza das cargas de fundação pelo porte da obra. Assim, para estruturas convencionais de concreto armado pode-se adotar uma carga média de 12 kn/ m² / andar.

FUNDAÇÕES A SEREM PESQUISADAS
Devem ser pesquisados dois grupos de fundações. As fundações rasas e profundas. As fundações profundas acabam sendo limitadas pelos tipos de estacas disponíveis no mercado local onde se está atuando.

FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
É o primeiro tipo de fundação a ser pesquisada. As fundações superficiais são as que se apóiam logo abaixo da infra-estrutura e se caracterizam por transmitir a carga ao solo através da distribuição das pressões sob sua base, mas nunca por atrito lateral como nas profundas.

Estas fundações são definidas por dimensionamento geométrico e cálculo estrutural, sendo consideradas as solicitações centradas, excêntricas ou horizontais.

Em princípio este tipo de fundação só é vantajoso quando a área ocupada pela fundação abranger, no máximo 50% da área disponível.

As fundações superficiais devem estar assentes em profundidade inferior a 3,0 metros. Dessa forma, precisamos que o solo competente em profundidades inferiores a esta.

Além das já conhecidas correlações de SPT, podemos também qualificar a camada de assentamento da fundação.

FUNDAÇÕES PROFUNDAS
São os elementos de fundação que transmitem a carga ao terreno ou pela base (resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas, devendo sua ponta ou base estar assente em profundidade superior a 8 vezes a sua menor dimensão em planta e no mínimo 3,0 m; quando não for atingido o limite de 8 vezes a denominação deve ser justificada. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões.